Basileia (Basel) - SuÃça - Diário de Edna Queiróz
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Basileia (Basel) – Suíça
Diário de Edna Queiróz - colaboradora
Uma charmosa cidade medieval com aproximadamente 160 mil habitantes, Basileia é a terceira maior cidade da Suíça. Repleta de paisagens maravilhosas às margens do Rio Reno, é conhecida como o polo cultural do país e cheia de lendas interessantes.
Vista panorâmica da cidade de Basel
O nome Basileia vem do grego antigo e significa ‘navio do rei’, devido a localização estratégica para o Império Romano. Apesar do nome ter sido registrado em 374 A.C. a cidade é muito mais antiga e cheira chocolate com canela na época de Natal.
Vista do Rio Reno
Ao chegar pela estação de trem, não deixe de comer um famoso macaron da Confiserie Sprüngli (aberta desde 1836), um dos mais gostosos da Suíça, segundo nossa amiga local, Estelle, e melhor do que aqueles que comemos em Paris.
Confiserie Sprüngli
O hotel mais famoso da cidade é Les trois rois (Os três reis), um dos mais luxuosos e antigos da Europa. Nós ficamos hospedados no Kraft hotel, que significa ‘força’ em alemão, parceiro da L’Occitane (eu adoro).
Les trois rois Hotel
Diz a lenda, que em outras épocas o hotel Kraft era a residência de uma família muito rica cuja filha, uma moça lindíssima, precisava se casar, mas tinha medo de que todos os homens da cidade estivessem interessados apenas no seu dinheiro. A moça teve a ideia então de fazer um jantar e convidou alguns deles. Durante o jantar, ela observou como eles se comportavam a mesa e escolheu aquele que melhor dobrava o guardanapo. Segundo a moça, isso dizia muito sobre sua educação, caráter e personalidade. O casal viveu feliz para sempre. Imagine se isso virasse moda no Brasil, ia ter curso para homens de como dobrar guardanapo.
Almoçamos num restaurante tradicional, Gifthüttli, que em português significa Casa do Veneno. Diz a lenda, que o nome foi dado porque há muitos séculos, este foi o primeiro lugar a vender vinho e cerveja ao mesmo tempo, uma prática nada comum na cultura da Suíça. A dica é o prato de salsicha branca com rösti.
Após o almoço, vale a pena caminhar pelo centro antigo, conhecer a igreja, a prefeitura e a arquitetura ao longo do rio Reno.
Outro evento muito tradicional nos países de cultura alemã é a feira de Natal. Na cidade existem duas, não deixe de tomar o Glühwein (vinho quente). As canecas são típicas, você pode leva-las, está incluso no preço. Também tem muito crepe com chocolate regional. Pedimos com Nutella e quase apanhamos, peça “Au chocolat suisse”.
Venda de queijos típicos e fabricação de Raclette
Feira de Natal
Meu filho perdeu o bilhete do bonde, mas tudo bem. Eles nunca pedem! Mas se pedirem, atenção, a multa custa 80 francos suíços (R$ 160).
No centrinho da cidade está uma fonte criada pelo artista Jean Tinguely em 1977, o mesmo que criou a fonte Strawinski do Pompideu em Paris seis anos depois.
Fonte de Jean Tinguely
O jantar foi com uma família tradicional cujo pai era suíço alemão e a mãe francesa. Num desafio cultural e linguístico, nos viramos com uma confusão de idiomas, mas o bom humor sempre prevalecia. Cardápio: raclette com acompanhamentos (cogumelos, milho, salsichão, bacon, cebolinhas, batatas cozidas com casca e temperos) e vinho branco. Uma delicia! De sobremesa, creme de baunilha, salada de frutas e bolo de natal. Mais calorias.
A noite fomos para um lugar totalmente moderno. Bar balada chamado Acqua Basilea (www.acquabasilea.ch). Entrada livre, drinks maravilhosos, cozinha contemporânea e bartenders habilidosos. O drink tradicional Aperol Spritz, uma mistura de Aperol, Prosecco e Soda.