Retorno da temporada de cruzeiros no Brasil deve redobrar cuidados com tripulantes
A temporada de cruzeiros está autorizada novamente no país
Empresa especializada no transporte e repatriação de tripulantes, que realizou o procedimento com mais de 4 mil embarcados no auge da pandemia, comenta o que aconteceu em 2020 e como deve ser o procedimento na temporada 2021-2022.
A temporada de cruzeiros está autorizada novamente no país e o Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já divulgaram as normas que estarão norteando a atividade em 2021-2022. Além de toda atenção com os passageiros, os cuidados com a tripulação serão essenciais para manter a segurança a bordo e consequente sucesso da temporada, como alerta Leonardo Brunelli, diretor da 7Shipping, empresa especializada no transporte e repatriação de tripulantes e que realizou o procedimento com mais de 4 mil embarcados no auge da pandemia.
A experiência adquirida pela empresa durante esse período e também com o transporte de tripulantes de navios cargueiros (os quais não pararam atividade em 2020 e 2021) e que foram já validados pela Vigilância Sanitária (Anvisa) deve nortear as operações com os cruzeiros. "O trajeto de um tripulante até o seu local de trabalho envolve muitas etapas que vão desde uma simples quarentena pré-embarque, até a entrega de testes RT-PCR, comprovantes de vacinação, aferição de temperatura, laudos médicos, transporte e, em alguns casos, até hospedagem. Esse é um processo que merece toda atenção e cuidado para evitar o contato com muitas pessoas e diminuir os riscos de infecção", ressalta.
O executivo aponta ainda que a recepção e traslado desses profissionais que estarão trabalhando nos cruzeiros (e os quais são 99% estrangeiros, com boa parte de países como Filipinas, Índia, Myanmar e Honduras) deverão ser feitos de maneira criteriosa. "Desde o início da pandemia adotamos o uso da separação de acrílico em nossa frota, respeitando a permanência de apenas um passageiro por veículo, além da realização de testes antígenos de nossos colaboradores. No caso do transporte realizado com ônibus, nunca utilizamos a lotação máxima. A média é de 10 a 15 pessoas em um veículo de 50 lugares, por exemplo", comenta.
Além desse distanciamento, para limpeza e desinfecção dos carros, vans e ônibus também foram criadas medidas específicas, com treinamento e rotina diária para execução. "Nossos motoristas são orientados a fazer a desinfecção após cada troca de passageiro, sendo primordial a limpeza de itens como bancos, volantes, freio de mão, câmbio e até puxadores de porta internos e externos", ressalta. "Estamos lidando com saúde e por isso a grande preocupação da Anvisa com os cuidados sanitários com todos os envolvidos. Não pode haver meio termo nessa questão, nem o ´jeitinho´. Temos que executar o que é correto", finaliza Leonardo Brunelli.
Foto: Crédito Agência Brasil - EBC