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TURISMO

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Zilda Brandćo
30/10/2008 às 10:58hs


Representantes de todos os segmentos do turismo estiveram presentes no 36º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens – ABAV Mais do que indicar tendências, o maior encontro setorial da América Latina apontou os desafios e as soluções para o desenvolvimento do turismo e reforçou a importância do agente de viagens como principal canal de distribuição dos pacotes de viagens e demais serviços turísticos.

Assim sendo, a ABAV 2008 recomenda:
2008.


Fortalecimento do turismo nacional: privilegiar a venda dos destinos domésticos

Em meio a um cenário de crise econômica mundial aguda, com efeitos globais não delineados, a ABAV 2008 reafirma o seu compromisso com o turismo nacional, ressaltando a importância de ampliar a comercialização dos destinos domésticos com o lançamento, em parceria com o Ministério do Turismo, da campanha de incentivo Brasil Vendo Melhor.

Cobrança de serviços: valorização da venda assistida

Como produtor de serviços especializados, o agente de viagens precisa negociar com os clientes e reforçar a cultura da cobrança pela venda assistida. Assim, a nova agência de viagens investe na fidelização de seus fornecedores – para garantir qualidade –, na formação da sua equipe, transformando seus colaboradores em vendedores, para conseqüente elevação do padrão de atendimento. O agente de viagens precisa fazer-se valorizado para que o cliente reconheça e dê a contrapartida financeira pelo serviço prestado.

Receptivo: visualizar oportunidades e focar a capacitação

Sob a perspectiva de o Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014, ressaltou-se a urgência do reposicionamento do Turismo Receptivo para o estabelecimento de estratégias competitivas e de revisão dos processos, visando ao aproveitamento sustentável da exposição natural que o País será submetido durante o evento. Além de uma infra-estrutura organizada e funcional nos aeroportos, portos e estradas, o setor privado precisará estar preparado e capacitado para receber um evento deste porte: agências de viagens, hotéis, locadoras de automóveis, taxistas, bares e restaurantes, transporte coletivo. Como numa grande engrenagem, em que o bom funcionamento depende da sinergia de vários componentes, o Receptivo precisará oferecer produtos organizados e adequados ao perfil do cliente. Todos terão que estar prontos para superar as dificuldades estruturais e promover uma leitura positiva do Brasil por parte do turista.

Tecnologia da informação: valorização da experiência humana

Na Era da Informação, onde a tecnologia dispõe de múltiplos canais de distribuição e difunde rapidamente idéias e inovações, a experiência, o conhecimento, a aproximação e o caráter vivencial das relações do mercado, tornam-se atributos diferenciais para empresas e valorizam o papel do agente de viagens dentro da cadeia produtiva do turismo.

Capacitação: disciplinar, gerir processos, formar equipes profissionais e

motivá-las

O fator humano torna-se essencial como diferencial competitivo sustentado e, nesse contexto, a motivação de equipes está diretamente relacionada à excelência dos resultados. É preciso ter atenção na formação de equipes. Os talentos devem ser valorizados, mas sem perder o foco na eficiência, que é conquistada com processos de educação continuada. Apenas capital e tecnologia não podem ser vistos como diferenciais.

Turismo novos modelos para beneficiar setor

A Lei Geral do Turismo permitirá ao Ministério do Turismo interferir com mais força na definição das linhas gerais de funcionamento para o setor e seus marcos regulatórios. No entanto, foi constatado que a excessiva intervenção do Estado tem sido o grande empecilho para o desenvolvimento do setor. Torna-se necessário as seguintes ações: cadastro anual para as agências de turismo; dispensa de licença ou autorização para cada viagem; possibilidade de emenda na lista de passeios com antecedência mínima de três dias; reconhecimento e desburocratização das operações conjugadas com aviões, navios e trens; venda de serviços vinculados às excursões nas capitais e cidades; delimitação das atividades das transportadoras turísticas e questões ligadas ao uso de determinados veículos nas regiões de fronteira.

Articulação política: o fortalecimento das relações das ABAVs estaduais e Distrito Federal perante seus representantes no Congresso Nacional

Em virtude dos vetos presidenciais à Lei Geral do Turismo, que foram prejudiciais aos agentes de viagens, faz-se necessário uma urgente mobilização nacional das ABAVs e de suas bases para fortalecer o relacionamento com os parlamentares locais a fim de aprovar, no Congresso Nacional, o Projeto de Lei 5.120.

Neste contexto, o Congresso ABAV reforça o seu papel de espelhar a realidade setorial e do turismo, de sinalizar e debater grandes temas da atualidade e as grandes metas que o turismo nacional precisa alcançar.






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