42 anos da morte do figurinista brasileiro Dener Pamplona de Abreu
Registros de sua trajetória profissional estão preservados pelo Centro de Memória Bunge e podem ser acessados mediante agendamento
Capa da Coleção Verlene-Dener, com foto do estilista. Moinho Santista. Brasil; s.a.; 1970. Coleção S.A. Moinho Santista, Acervo Centro de Memória Bunge.
A próxima segunda-feira, 9 de novembro, completam-se 42 anos da morte do aclamado figurinista brasileiro Dener Pamplona de Abreu, um dos pioneiros da moda no Brasil. Paraense do município de Soure na Ilha de Marajó, Dener passou a infância no Rio de Janeiro e, desde menino, desenhava modelos de roupas que copiava de revistas femininas. Em 1957, abriu sua primeira Maison (casa de alta costura) na Praça da República, em São Paulo. Nas décadas de 1960 e 1970, tornou-se o maior nome da alta-costura brasileira.
Foi Dener, por exemplo, que determinava o que era "um luxo" e o que era "um lixo" no programa de Flavio Cavalcanti no começo dos anos 1970, na extinta TV Tupi. Ele também foi o primeiro costureiro a vestir uma primeira-dama, Maria Teresa Goulart, de quem ficou amigo íntimo. Ao longo dos anos 1970, Dener disputou com Clodovil Hernandes o título de "Papa da alta costura brasileira".
Hoje, sua história, produções e legados ficam em livros didáticos sobre moda, em sua autobiografia (Ed. Cosac Naify, 2007), além de imagens e roupas. O acervo do Centro de Memória Bunge, referência na área de preservação da memória empresarial do País, ainda preserva imagens que mostram seus passos durante a carreira, como o folheto sobre lançamento de tecido produzido pela Santista Têxtil, "Verlene-Dener", em 1970.
Estas e mais informações históricas estão disponíveis para consulta e visitação, após o fim do isolamento, no CMB, mediante agendamento. O local possui um acervo com mais de 1,5 milhão itens que contam mais de um século de história da indústria brasileira.
Dedicatória de Dener Pamplona de Abreu à S.A. Moinho Santista. Brasil; s.a.; 1970. Coleção S.A. Moinho