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MODA

Novos talentos da moda brasileira exibiram coleções repletas de criatividade na 39ª edição da Casa de Criadores, nos dias 12 a 15 de abril, em São Paulo. Parceira do evento há mais de 10 edições, a Vicunha Têxtil continua a investir nos jovens estilistas,

Zilda Brandão
19/04/2016 às 15:29hs


CASA DE CRIADORES APRESENTA DESFILES OUSADOS E CHEIOS DE CONTRASTES
Índigos e brins da Vicunha Têxtil compõem criações de estilistas parceiros

Novos talentos da moda brasileira exibiram coleções repletas de criatividade na 39ª edição da Casa de Criadores, nos dias 12 a 15 de abril, em São Paulo. Parceira do evento há mais de 10 edições, a Vicunha Têxtil continua a investir nos jovens estilistas, fornecendo tecidos inovadores e tecnológicos para compor coleções cheias de atitude. A releitura de estilos de décadas passadas e a aposta em peças genderless ganham espaço em uma temporada em que conforto e qualidade são as palavras da vez.

Heloisa Faria

Abrindo o evento, Heloisa Faria apresentou uma coleção delicada e leve, com peças versáteis e pegada fresh, ideais para o verão. O denim Colin, 100% algodão, teve seu tingimento totalmente descarregado em lavanderia para aparecer em conjuntos com shapes soltinhos e confortáveis. “Gosto de criar roupas que possam ser usadas em todas as ocasiões, por meninos e meninas. Utilizei o tecido da Vicunha para fazer o que há de melhor com o jeans”, conta Heloisa.

Rober Dognani

Na mesma noite, Rober Dognani encantou o público em um desfile que homenageava William Shakespeare. As peças cheias de atitude, com pegada punk e dramática, abusavam de contrastes entre preto e branco, leveza e peso. O estilista apostou no denim blackMayra para criar looks sombrios, como casacos pesados e calças que brincavam com o volume, variando entre o skinny, com diversas aplicações de zíper, e shapes mais amplos, com muito tecido. “Em um dos looks, nós criamos uma calça confeccionada com quatro metros de tecido da Vicunha, que ajudou a conferir peso e volume. Apostamos no artigo em seu estado bruto para conservar a estrutura e o tom intenso do jeans preto”, revela Dognani.

Felipe Fanaia

As favelas paulistanas do final da década de 1990 e início dos anos 2000, com os seus “cybermanos” e clubbers, inspiraram Felipe Fanaia em seu desfile no segundo dia da Casa de Criadores. O estilista investiu em uma apresentação divertida e não convencional, com um cast variado e performático. O brim resinado Cher dominou quase todos os looks, sendo base para a criação de peças amplas em diferentes cores. O tecido ganhou destaque em uma criação composta por jaqueta branca masculina com recortes, combinada a uma legging prateada. “O tecido é a alma da coleção. Nesta edição, nossa aposta foi volume e os artigos Vicunha foram diretamente ao encontro do que eu precisava, com a possibilidade de trabalhar formas mais retas e minimalistas, e também shapes mais amplos”, conta Fanaia.

Ocksa

No mesmo dia, a dupla Igor Bastos e Deisi Witz, da Ocksa, apostou no conceito slow fashion para sua coleção. Os estilistas criaram peças piloto com aspecto inacabado para serem finalizadas na temporada de Inverno 2017 do evento. As fibras naturais ganharam destaque entre as criações, assim como os shapes genderless e acabamentos com imperfeições propositais. Os brins Natural Textureforam utilizados em peças que levavam recortes de diferentes tecidos da fabricante em sua estrutura, como blusas e calças. Outros brins, como o leve Melissa e o cetim super stretch Gummy, também complementaram a coleção. “A ideia era remeter ao algodão cru, por isso a elasticidade e o toque dos tecidos ajudaram”, explica Witz.

Igor Dadona

Igor Dadona surpreendeu o público no terceiro dia do evento com uma coleção baseada em uma sala de aula de “meninos malvados”. Os looks andróginos remetiam a uniformes escolares inspirados em diferentes países, brincando com a mescla de tecidos leves e pesados. O delicado brim Yasmin, de estampa floral, foi aposta para casacos longos, maxijaquetas, vestidos, calças e macacões, que receberam acabamentos e recortes de outros tecidos, como o brim Cher, com aspecto de couro, e o listrado Da Vinci, nas cores vermelho, branco e cinza, num verdadeiro contraste entre peso e fluidez. Jaquetas e calças encorpadas de referência militar, carregadas de bolsos e botões, receberam o denso denim Royal, em tom azul intenso. “O uniforme é a primeira grande divisão de gênero. Com base nessa ideia, quis propor uma ruptura dos padrões impostos. A mistura de tecidos delicados e robustos é uma forma de mostrar que não existe certo e errado”, explica o estilista.

Karin Feller

No último dia de evento, a estilista Karin Feller apresentou uma coleção composta de peças femininas, trazendo o frescor de um dia e de uma noite de verão. O brim Ypoá, cetim de visual refinado e brilho especial, foi mais uma vez a aposta para criações elegantes de alfaiataria, como um top cropped off white com bordados e peças com estampas xadrez e ares retro.





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