Primavere-se com vinhos florais
Descubra 3 vinhos que vão renovar seu dia a dia com os sabores florais desta estação.
A primavera inspira uma completa renovação de energias para o final do ano que se aproxima. Afinal, tem coisa melhor do que desabrochar depois de uma temporada mais introspectiva de inverno?
As cores vibrantes da paisagem – azul do céu, verde das árvores e colorido das flores - voltam a ganhar espaço nos armários, inclusive na forma de estampas. As flores dominam as notas dos perfumes escolhidos para estação. As frutas da época aparecem nas mais variadas linhas de cosméticos, como nos esmaltes vermelho-pitanga, nos batons cor de amora e nas sombras pêssego.
Definitivamente, a troca de estação inicia uma onda deliciosa de mudança de humor. Que tal deixar essa onda tomar conta, não só do seu armário, mas também da sua adega e do seu dia a dia?
“Algumas uvas são capazes de produzir, tipicamente, vinhos frescos e com aromas florais que têm tudo a ver com a primavera.” diz Andreia Berthault, educadora em vinhos e fundadora da escola virtual Red Submarine.
Para revigorar sua energia nesta estação florida, Andreia Berthault, sugere 3 vinhos florais que vão te proporcionar diferentes experiências e, por isso, não podem faltar na sua adega. Escolha o seu e primavere-se!
Moscatel
A uva Moscatel faz parte de uma grande família, sendo a “clássica Moscatel” denominada de “Muscat Blanc à Petits Grains”.
Ela é capaz de produzir uma série de estilos de vinhos brancos, como espumantes, secos, doces e fortificados. A depender do estilo de vinho, a paleta de aromas e sabores será diferente.
Mas, em geral, os vinhos que são produzidos com a Moscatel apresentam aromas e sabores florais (flor de laranjeira e madressilva), cítricos (limão siciliano, laranja) e frutados (uvas, peras, maças verdes).
No Rio Grande do Sul há uma Indicação de Procedência (IP) inteiramente dedicada a produção de vinhos finos de Moscatel - a IP Farroupilha, que responde por cerca de 50% do volume de produção da casta no país.
A sugestão para a primavera não poderia ser diferente: os espumantes Moscatel da IP Farroupilha. Eles são frescos, saborosos, por vezes, levemente adocicados. Harmonizam muito bem quando servidos de 6° a 8°C junto a frutas da estação. Excelentes, por exemplo, para aproveitar um brunch no sábado
Riesling
Apesar de ser muito aclamada entre os conhecedores de vinho, a uva branca Riesling ainda é desconhecida do público em geral. Tal como a Moscatel, também é capaz de produzir vinhos brancos que variam do seco ao doce. Quando cultivada para tanto, pode originar vinhos com alto potencial de guarda.
A espécie cultivada em climas frios - por exemplo, na região do Mosel, na Alemanha - origina vinhos com delicados aromas de jasmim, limão e frutas verdes. Sua alta acidez torna os seus vinhos muito vibrantes no paladar.
Leitão à pururuca é uma das melhores harmonizações que você pode fazer com sua taça de Riesling seco, servida entre 7 e 10°C.
Dica valiosa: se você estiver buscando Rieslings alemães secos, procure pela palavra “trocken” no rótulo. Ela significa “seco”, em alemão. Ainda assim, pode acontecer de o vinho ser ligeiramente adocicado. Se isso acontecer, adicione um pouco de molho de laranja no leitão, que a harmonização vai ficar espetacular!
Torrontés
A Torrontés é a uva branca de destaque da Argentina. Lá, é cultivada em várias regiões, mas os vinhos da mais alta qualidade costumam vir de uvas cultivadas nas altas montanhas da província de Salta, na região de Cafayate.
De modo geral, a Torrontés produz vinhos secos, com aromas de jasmim, rosas, melão e pêssego. Sua acidez costuma ser mais moderada do que a da Riesling, mas continua sendo elevada o suficiente para produzir vinhos refrescantes e deliciosos, especialmente para esta estação.
Um Torrontés gelado (7-10°C) tem a capacidade de transformar um simples prato de queijos frescos (por exemplo: feta, queijo de cabra, mozzarella de búfala) em uma experiência incrível. Ótima opção para aproveitar um final de tarde primaveril em casal!