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GASTRONOMIA

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Zilda Brandão
08/10/2009 às 18:17hs


VINHO: QUE NEGÓCIO É ESSE?

 

Tratar o vinho como um negócio faz parte do cotidiano de milhares de pessoas.


Desde as que trabalham nos parreirais, passando por aquelas que cuidam da vinícola, das compras de insumos tais como rolhas adequadas e garrafas idem, o marketing, a imagem, o conceito da marca e sua identidade visual, a distribuição e exportações, e tantas outras atividades ligadas a este negócio.


Mas ainda temos uma falha nesta cadeia, que é justamente o local de venda desta garrafa que passou por tantas etapas dentro do negócio.


Digo isto, porque ainda hoje vemos locais que não tratam o vinho da maneira mais adequada para que o mesmo esteja íntegro na hora de degustá-lo, claro que não estamos isentos de que possam acontecer descuidos na vinícola durante o processo, ou no engarrafamento.


O vinho requer alguns cuidados, como vários outros produtos que iremos ingerir, para que não sofra, ao menos por falhas de armazenagem e estocagem adequadas, sua degradação precoce, inviabilizando o negócio em sua ponta final.


Por não ter uma validade definida por lei para sua comercialização, vemos vez por outra em alguns locais de venda, as garrafas sendo estocadas e posteriormente alocadas nas prateleiras de maneira totalmente impróprias, o que com certeza irá acelerar o processo de “envelhecimento” e decrepitude desta garrafa de vinho.


Não estou falando somente daqueles tipos de vinhos que deveriam ser colocados à venda na mesma safra em que foram engarrafados, ou no máximo nas duas ou três posteriores, pois isto implica na cultura e conhecimento dos tipos de vinhos elaborados com esta proposta, tanto para quem o compra para depois revender, como para quem o compra para degustar, pois vemos que este saber ainda é muito incipiente em nosso país, mas falo da falta de conhecimento e de preparo, sem falar da falta de cuidado mesmo, com os vinhos que ficam expostos inadequadamente em pontos de venda, é com estes que me preocupo neste artigo, pois o vinho como negócio, não termina com a venda da garrafa ao consumidor, seja por qual meio esta venda se efetive.


Toda a cadeia do negócio se beneficia quando o vinho é degustado e preenche satisfatoriamente as ambições de quem o adquiriu, seja para si ou para outrem, e que este vinho seja apreciado em suas taças.


Da mesma maneira, tenho visto não raras vezes, as pessoas generalizarem sobre determinado produto, quando de forma negativa o vinho não preenche as suas expectativas, não por não gostarem dele, mas por notarem, mesmo sem muita prática, que aquele líquido já não é mais vinho, e sim algo entre o decrépito e o acético, muitas vezes causado pela má exposição, guarda e estocagem dos mesmos.


Há a possibilidade real de uma porcentagem de garrafas vir a se deteriorar antes do previsto por outros motivos, como por exemplo, um defeito da rolha; nos BIB(Bag In Box) a entrada não programada de maior quantidade de oxigênio no envase, já que o mesmo é feito praticamente no vácuo, etc, mas é imperdoável que o vinho esteja ruim, devido à falta de cuidados de quem justamente o trata e sabe como negócio.


Precisamos nós consumidores começar a exigir que o vinho esteja sempre adequado nos pontos de venda com as eficazes guarda e exposição, das transportadoras responsáveis pela entregas o cuidado necessário (já ouvi de um amigo que certa vez sua compra chegou na parte de trás de uma Kombi, bem em cima do motor, que além da temperatura alterada, vibra muito, e das vinícolas enfim, para que assim, seja através da nossa melhor arma, que é a de trocarmos de fornecedor se este não nos atender, mostrarmos que estamos aprendendo e que nos respeitem nesta cadeia de negócios, onde somos os últimos, quando afinal poderemos responder a pergunta:

Que negócio é este, e diremos com toda a convicção: É VINHO.


Até o próximo brinde!

 

Álvaro Cézar Galvão
O ENGENHEIRO QUE VIROU VINHO"
(11) 9136-2953
cezargalvao@uol.com.br
http://divinoguia.blogspot.com/
www.adoravelgula.com.br


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