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CULTURA

Zilda Brandão
15/01/2023 às 21:01hs


O Festival Amazonas de Ópera deste ano acontece de 21 de abril a 28 de maio, e traz uma programação de peso, com as seguintes óperas: “O CONTRACTADOR DOS DIAMANTES” - Francisco Mignone; “ANNA BOLENA” - Gaetano Donizetti; “PETER GRIMES” - Benjamin Britten e “PIEDADE” - João Guilherme Ripper.

Sobre a programação, o Maestro Malheiro destaca a comemoração dos 100 anos do nascimento da Maria Callas. “Ela foi talvez a cantora mais importante do século XX, tanto que Franco Zafirelli dizia que AC e DC no mundo da Ópera significava antes e depois de Callas. O FAO não poderia deixar de homenageá-la, e a escolha foi Anna Bolena, ópera de Gaetano Donizetti, que foi um dos papéis emblemáticos de Maria, que a recriou no Teatro alla Scalla de Milão, em 1957, e cuja gravação continua sendo um modelo para todas as intérpretes desta obra, desde então. Além de Anna Bolena, o Maestro Marcelo de Jesus, grande expert no que se refere a Maria Calllas, oferecerá um recital voltado para o repertório que ela imortalizou.”, comenta o diretor artístico do Festival.

Outro destaque apontado pelo Maestro é “O Contractador de Diamantes”, que marca o início da carreira do compositor Francisco Mignoni. “Nessa que foi a primeira ópera escrita por ele, fica evidente a influência da ópera italiana do período (primeiras décadas do século XX). Embora a estética seja “italiana”, é evidente a “brasilidade” que atravessa a partitura, que tem seu ponto mais alto na famosa “Congada”, obra obrigatória no repertório das grandes orquestras, como explicam gravações feitas em New York e Viena. Partitura negligenciada e afastada dos teatros brasileiros, volta à luz graças a restauração feita pela ABM (Associação Brasileira de Música).”

O Festival Amazonas de Ópera (FAO) é referência em excelência artística há 25 anos, tem e teve repercussão internacional ao longo dos últimos anos, se tornando uma porta de entrada para a Amazônia, um ponto de encontro de parcerias pelo futuro do planeta.  Em 2023, durante o Festival, Manaus sediará, pela primeira vez no Brasil, a Assembleia Geral da Ópera Latinoamerica (OLA). A OLA é uma organização internacional que reúne 33 teatros da América Central, América do Sul e Península Ibérica.

Tudo isso dentro do Teatro Amazonas, inaugurado em 1896, que até hoje é considerado um dos grandes centros culturais do mundo. Uma vitrine mundial para a floresta por meio da música. Palco de espetáculos únicos no Brasil como a ópera Lulu, de Alban Berg e o ciclo completo do Anel do Nibelungo, de Wagner. O Festival Amazonas de Ópera (FAO) também já apresentou a ópera Diálogos das Carmelitas, de Francis Poulenc, além de espetáculos tradicionais como Madame Butterfly, de Giacomo Puccini;; Médée, de Luigi Cherubini; Tannhäuser e Parsifal, de Richard Wagner; Carmen, de Georges Bizet; Magdalena, de Heitor Villa-Lobos, e La Traviata, de Giuseppe Verdi. 

A alta qualidade do Festival só é possível até hoje devido à direção artística primorosa do maestro Luiz Fernando Malheiro, um dos principais nomes da ópera no Brasil, com mais de 60 títulos regidos, inúmeros prêmios e passagens pelas principais orquestras e teatros prestigiados no Brasil, Itália, Espanha, Israel, Grécia, Estados Unidos, Bulgária, Argentina, México e outros. Hoje ele é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Amazonas Filarmônica. 

O Festival é uma iniciativa do Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Amazonas.

A realização do Festival é de responsabilidade da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Amazonas.

Em 2022 o FAO convidou a LEVISKY LEGADO para pensar na sustentabilidade financeira de longo prazo do festival e estruturar junto à sociedade civil um novo marco para o fortalecimento de um dos principais palcos líricos do nosso país e com um potencial ainda maior pela sua excelência artística e por estar localizado no coração da Amazônia, local de atenção de todos do planeta.

Com isso, nasce o Fundo do Festival Amazonas de Ópera, composto por uma diretoria e um conselho de patronos. 

“Apesar de todo o desenvolvimento do FAO, que até o momento conquistou tamanha relevância, a chegada do Fundo Festival Amazonas de Ópera me permite sonhar ainda mais alto, pensar em obras que ainda não montamos, convidar artistas internacionais e, principalmente, fortalecer a sua longevidade”, comenta o Maestro Luiz Fernando Malheiro.

Flavia Furtado assume a Presidência da Diretoria do Fundo e a economista Claudine Anchite assume a Diretoria Financeira. O historiador Jorge Coli está à frente da Diretoria Curatorial e o empresário Antônio Esteve é o Presidente do Conselho de Patronos. A advogada Cris Olivieri é responsável pela formatação e estruturação jurídica do Fundo e do seu regimento.

O Fundo tem como objetivo atrair grandes patronos da arte e cultura, além de investidores e filantropos globais preocupados em garantir a sustentabilidade no planeta. O Fundo tem também como objetivo cobrar dos Governos futuros a manutenção dos aportes já existentes ao longo dos últimos 25 anos de Festival e o compromisso com o Teatro Amazonas, a Orquestra e o Coro. 

O Fundo terá um papel similar ao de um importante patrocinador, que para repassar os recursos para fortalecer o Festival, cobrará que os compromissos históricos sejam cumpridos, além de imputar exigências de governança, compliance e auditoria, ampliando ainda mais a transparência na gestão para que empresas e pessoas físicas do Brasil e do mundo se sintam seguras em investir recursos no Festival. 

“Com uma rede forte de financiamento, teremos condições de fazer a ópera, que é a arte que une todas as artes, ser a voz da Amazônia para o mundo, ampliando sua relevância artística global” completa Flavia Furtado, Presidente da Diretoria do Fundo. 

A primeira meta é levantar um recurso inicial de 50 milhões de reais para garantir os primeiros aportes para o Festival e os recursos mínimos de manutenção do próprio Fundo, que terá um corpo executivo de excelência a exemplo de grandes organizações culturais nacionais e internacionais.

“O próximo passo do Fundo será instituir o Conselho de Patronos com membros doadores”. Comenta Ricardo Levisky, sócio-fundador e presidente da Levisky Legado.

Constituir o Conselho de Patronos doadores com pessoas físicas e jurídicas no âmbito brasileiro e internacional. O plano de cotas será apresentado em conjunto com o Regimento Interno com os aspectos de segurança de governança, transparência e gestão.

Programação da 25ª edição do Festival Amazonas de Ópera – 2023

21 de abril, 07 e 18 de maio Francisco Mignone: “O CONTRACTADOR DOS DIAMANTES”

30 de abril, 05 e 20 de maio Gaetano Donizetti: “ANNA BOLENA”

19,25 e 28 de maio Benjamin Britten: “PETER GRIMES”

 21, 24 e 27 de maio João Guilherme Ripper: “PIEDADE”

 4 de maio CONCERTO DA ORQUESTRA DE CÂMARA DO AMAZONAS – OCA

Concerto com a Orquestra de Câmara do Amazonas:

Modest Mussorgsky (1839-1881)
Canções e danças de morte
Transcrição: Marcelo de Jesus

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893)
6 romances Op. 73
Transcrição: Marcelo de Jesus

Dmitri Shostakovich (1906 - 1975)
Sinfonia N° 14 em sol menor Op.13

 

Foto crédito: Michael Dantas






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