Musical ESTÚPIDO CUPIDO com Françoise Forton - Teatro Gazeta - Avenida Paulista, São Paulo
A novela Estúpido Cupido marcou minha vida. Tenho um carinho muito grande pela personagem. A Tetê da peça não é a mesma da teledramaturgia, tem o mesmo apelido, mas não é a mesma história. Em todas as festas que vou, o DJ toca Estúpido Cupido e alguém sem
ESTÚPIDO CUPIDO
De: Flávio Marinho
Direção: Gilberto Gawronski
Estreia dia 27 de Fevereiro no Teatro Gazeta
Françoise Forton comemora 50 anos de carreira com estreia de musical e exposição “A Incansável Guerreira da Arte”
“A novela Estúpido Cupido marcou minha vida. Tenho um carinho muito grande pela personagem. A Tetê da peça não é a mesma da teledramaturgia, tem o mesmo apelido, mas não é a mesma história. Em todas as festas que vou, o DJ toca Estúpido Cupido e alguém sempre fala da Maria Tereza”, conta Françoise Forton.
O elenco de 11 atores interpreta as personagens na década de 60, em flashback, na fase atual em 2016. “Tenho como referência os filmes que assistia na Sessão da Tarde, o clima histórico antes da Ditadura Militar”, conta o autor Flávio Marinho.
“Estúpido Cupido brinca com a relação do tempo, o ontem e o hoje. Uma peça que se passa na atualidade, resgatando a ingenuidade, num descompromisso que tínhamos. O compromisso maior dos anos 60 era de se apaixonar, aí entra a figura e ideia do Cupido”, detalha o diretor Gilberto Gawronski.
Os 50 anos de carreira da atriz estão retratados na exposição: FRANÇOISE FORTON – A INCANSÁVEL GUERREIRA DA ARTE. “Ela é uma atriz que marcou a vida dos brasileiros. A trajetória profissional de Françoise - que interpretou personagens inesquecíveis no teatro, TV e cinema - está presente na memória afetiva do público”, define o curador da exposição, o colecionador Marcelo Del Cima.
Aos 8 anos de idade, em 1963, Françoise Forton, que morava em Brasília, estreou no teatro amador, num texto de Maria Clara Machado: A Menina e o Vento, na companhia Teatro Equipe. Em 1966, aos 10 anos, já profissionalmente, atuou ao lado de Glauce Rocha e Jorge Dória, em Pais Abstratos. Em 68/69 filmou um dos primeiros longas direcionados ao público infantojuvenil no cinema nacional, Marcelo Zona Sul, que também lançou Stepan Nercessian. Em 70, como uma das filhas de Paulo Autran, participou de Édipo Rei. “Não tinha ideia que completaria 50 anos de carreira. O pesquisador Daniel Marano, através do Orlando Miranda que produziu Pais Abstratos, encontrou recortes de jornais, com matérias falando da estreia, em 1966, no Teatro Martins Penna, no Distrito Federal”, conta emocionada Françoise.
São 45 peças, 32 novelas, participações em minisséries e seriados, 9 longas e a Dança dos Famosos. A crítica teatral Tania Brandão sugeriu o título e escreveu o texto de apresentação da exposição. “Estrela, palavra simples, banal. Definir alguém de forma tão sumária pode ser um ato injusto. Em especial certas estrelas, que se definem não por atitudes ou vaidade, mas por uma trajetória de luta a favor da arte. Françoise Forton é isto: uma guerreira da arte. Estrela, sim, mas estrela de trabalho, amor e dedicação. Incansável, sua vida é uma exemplar trajetória de luta, prova de ouro que atesta a definição”, descreve Tania.
Na comédia musical, Tetê (Françoise Forton), vencedora de um concurso de beleza, hoje atriz famosa e apresentadora do programa “Sossega” é convencida por sua melhor amiga desde os tempos de escola, Ana Maria (Clarisse Derzié Luz), através do Facebook, a ir num reencontro da turma de colégio, uma festa com músicas e figurinos dos anos 60 e 70. No convite está bem claro: trilha sonora, drinques, traje, tudo vai levar as personagens de volta à era da inocência. “Como estamos em 2016, apesar de todo envolvimento emocional, surge o inevitável olhar crítico, sempre com muito humor”, conta Marinho. No evento, Tetê reencontra não só a rival Wanda (Sheila Matos), como também o ex-marido Frankie (Renato Rabelo) e uma antiga paixão, Teddy (Luciano Szafir) – um namorico do colegial. Wanda, durante a comemoração, mostra que os anos não conseguiram domá-la, e chega com o mesmo objetivo de Tetê: laçar Tadeu – ou Teddy, para os íntimos. Só que elas não esperavam que Teddy trouxesse na lambreta sua nova namorada, uma jovem de 21 anos, estilo 2016. Danielly (Carla Diaz) – e ai de quem a chame de Daniela – está completamente por fora da história e do clima da festa. É aí que o conflito entre o passado e presente se torna mais denso. “A encenação está baseada no espelhamento, que propõe um jogo teatral, onde saímos do realismo e o espetáculo ganha um tom mais poético”, explica Gilberto Gawronski que, pela primeira vez, em 35 anos de carreira, dirige um musical.
Estúpido Cupido é pontuado por 20 músicas integradas a ação dramática. Hits que atravessam décadas de sucesso, dos anos 60 e 70 até os dias de hoje. As músicas são tocadas por uma banda ao vivo, composta por guitarra, bateria e baixo, que dá o clima do espetáculo. O palco e a plateia são remetidos à época através de canções como “Banho de Lua”, “Lacinhos cor de rosa”, “Tetê”, “Juntinhos”, “Broto Legal”, “Frankie”, “Teddy”, “I’ve got under my skin”, “Biquíni de bolinha amarelinha”, “Filme Triste”, “Alguém na multidão”, “Erva venenosa”, “O bom”, além da música-título do espetáculo, “Estúpido Cupido”, e mais duas versões: “Nosso amor”, a partir da música “I’ll follow the sun”, dos Beatles e “Estou aqui”, a partir da música “I’m still here”, do musical “Follies”.
“Quem nunca cantou, nem que seja o refrão destes que foram os maiores hits dos anos 70, 80 e 90 e embalam festas até hoje? Quem não se lembra do universo cultural e romântico que a novela abordou e que tornou popular e eterna a canção Estúpido Cupido, na versão de Celly Campelo?”, recorda Eduardo Barata, produtor do espetáculo.
“São músicas emblemáticas. Os arranjos são baseados nos originais e o público se identifica rapidamente com eles. O diferencial é que em “Tetê” e “Juntinhos” fizemos uma transformação em bolero. Os arranjos vocais, com 11 atores cantando, e a formação instrumental dão o tom do espetáculo”, comenta a diretora musical Liliane Secco.
Há canções de Frank Sinatra, Trio Esperança, Golden Boys, The Fevers, Eduardo Araújo, Beatles, Stephen Sondheim, entre outros. São 16 coreografias. Todas referendadas nos anos 60. “Demos uma misturada nas danças e ritmos, como, por exemplo, bossa nova, twist e passos de samba”, revela a coreógrafa Mabel Tude.
No flashback das personagens jovens, o figurino tem espaço de destaque em todo espetáculo. “Mostrando a lembrança, a juventude das personagens e definindo a identidade de um tempo que passou, utilizei o mesmo figurino para a época atual, com o detalhe das cores mais desbotadas, mais esmaecidas, como antigos mesmo. A referência para o figurino é a personalidade de cada personagem, nada mais do que isso”, explica a figurinista e cenógrafa Clívia Cohen.
Estúpido Cupido alcançou mais de 20 mil espectadores, durante os 5 meses de temporada no Rio de Janeiro .“Dançamos e cantamos juntos. A comunicação do espetáculo é muito rápida e também surpreendente. Realizar o Estúpido Cupido no teatro é um presente, um prazer imenso”, conclui Forton. Para o autor foi um mergulho no tempo. “Como não tínhamos uma trilha sonora composta para a peça, revisitei todo o repertório da pré-jovem guarda para ver quais as músicas me ajudariam a contar a história”, afirma Flávio Marinho. “A peça é uma alegria, uma peça que faz uma festa. Tem sido uma felicidade constante, a beleza de ver o público se entregar e dançar até no final do nosso musical”, finaliza o diretor Gilberto Gawronsky.
ESTÚPIDO CUPIDO
Teatro Gazeta (650 lugares)
Avenida Paulista, 900 - Térreo
Informações: 3253.4102
Bilheteria: de terça a quinta, das 14h às 20h. Sexta a domingo das 14h até o horário do espetáculo.
Vendas: www.teatrogazeta.com.br e 4003.1527
Sábados às 21h | Domingos às 18h
Ingressos: R$ 100
Duração: 90 minutos
Recomendação: 12 anos
Estreia dia 27 de Fevereiro de 2016
Temporada: até 20 de Março
Ficha Técnica:
Texto: Flávio Marinho
Direção: Gilberto Gawronski
Elenco: Françoise Forton, Luciano Szafir, Clarisse Derzié Luz, Renato Rabelo, Sheila Matos, Carla Diaz, Luísa Viotti, Julia Guerra, Ryene Chermont, Ricardo Knupp e Mateus Penna Firme
Músicos: Guilherme Viotti, guitarra e baixo
Direção musical: Liliane Secco
Coreografia: Mabel Tude
Cenário e figurinos: Clívia Cohen
Iluminação: Paulo César Medeiros
Direção de produção: Elaine Moreira
Produção: Barata Comunicação
Assessoria de Imprensa- São Paulo: Morente Forte
Produtora Local – São Paulo: Criola - Rosi Fer