Peeling de Fenol rejuvenesce a pele em até 20 anos sem cirurgia plástica
Especialista frisa que a substância consegue atingir a camada profunda da pele, os efeitos são mais naturais e duram por muitos anos
O peeling químico consiste na aplicação de agentes cáusticos à pele, provocando uma destruição cutânea controlada e sua posterior renovação, além de estimular a produção de colágeno. Os resultados apresentados pelo peeling de fenol são a maior promessa e o principal motivo pelo qual o procedimento ficou tão conhecido. A técnica atua em diversas regiões da pele, promovendo melhora intensa de rugas profundas e flacidez.
A dermatologista Carolina Marçon confirma que esse tratamento estético é capaz de rejuvenescer a pele em mais ou menos 20 anos, recuperando a cor, os contornos, tônus e a luminosidade. "O peeling de fenol é uma técnica já consagrada e antiga, que sofreu modificações e adaptações nos últimos anos. Ele é o único que consegue chegar até a derme reticular - a camada profunda da pele. O rejuvenescimento facial proporcionado por esse procedimento é extremamente significativo e dificilmente superado pelas outras técnicas hoje disponíveis, e ainda os efeitos são mais naturais", destaca.
A especialista explica que o fenol induz uma queimadura química que ao longo do tempo resulta no rejuvenescimento. A regeneração da pele se inicia 48 horas depois da aplicação e a cicatrização completa ocorre após cerca de três meses. Apesar de não ser considerado uma cirurgia plástica, é um método bastante agressivo e, por isso, necessita de anestesia, monitorização cardíaca durante o procedimento e acompanhamento médico especializado. "A indicação dessa técnica é somente para pacientes com reais necessidades. Em geral, são pessoas com peles mais claras, com rugas profundas e fotoenvelhecimento expressivo. O paciente deve fazer uma avaliação clínica completa e exames laboratoriais antes da realização do procedimento. O fenol é contraindicado para pessoas com doenças sistêmicas, uma vez que apresenta toxicidade para o coração, fígado e rim. As complicações podem ocorrer durante ou após o processo, com o desenvolvimento de infecções, manchas (que são, na maioria das vezes, apenas temporárias) e cicatrizes na pele", alerta a médica.
O procedimento é realizado em centro cirúrgico, sob sedação e analgesia profunda. Para que o sucesso terapêutico seja obtido é fundamental o preparo prévio da pele e cuidados específicos no pós-procedimento. Após a aplicação do produto, o paciente permanece com uma máscara oclusiva por 48h. A dermatologista esclarece que a recuperação é lenta e sofrida, a pele pode ficar avermelhada por um longo período e os resultados finais podem demorar até seis meses para aparecer, mas são extraordinários e duram por muito anos.